quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Por que esta pesquisa?


Para iniciar as postagens neste blog, resolvi falar sobre as motivações que me trouxeram até aqui e como surgiu meu interesse pelos temas da inclusão digital, da interatividade e das literacias.

A seleção destes assuntos como temas para pesquisa tem relação com minha trajetória profissional. Em 1996 comecei atuar com computação gráfica, tendo, antes disso, feito vários cursos de Informática. Cheguei a atuar com DOS, DBase, Clipper, numa época em que era comum utilizarmos disquetes gigantes e impressoras matriciais. Quando chegou o Windows 3.1 e me interessei por trabalhar com imagens, não demorou para eu conhecer as oportunidades de atuação com outros softwares voltados para o universo gráfico.

Foi por meio de um emprego onde eu trabalhava com diagramação de jornal impresso na cidade de Tupã, interior de São Paulo, que ampliei esse horizonte e me interessei pelo Jornalismo, que cursei entre 1999 e 2002.

Sem abandonar a Computação, aproveitei este novo universo para aliar os conhecimentos da Comunicação com a Computação. Meu Trabalho de Conclusão de Curso foi uma Revista Eletrônica sobre meio ambiente chamada Gaia, algo que, acredito, era inovador na época. Depois disso fiz pós-graduação em Computação, na área de Desenvolvimento de Software, e comecei a trabalhar com software livre, defendendo a questão do código-aberto. No mestrado, que cursei entre 2007 e 2010, meu tema foi a TV digital.

Diante de um percurso em que mesclei experiências no Jornalismo e na Computação, no Doutorado eu resolvi me envolver com preocupações sociais em relação à tecnologia. Assim surgiu o interesse pela inclusão digital, visto que muita gente ainda não tem acesso aos computadores e à Internet e, mais que isso, a um uso criativo das oportunidades que existem na web.

A orientação do doutorado pela Professora Brasilina Passarelli no Observatório da Cultura Digital da USP me apresentou novas perspectivas, como a das literacias, um conceito importante atualmente para discutir as habilidades e competências que desenvolvemos no ambiente das redes.

O AcessaSP, por sua vez, foi uma outra oportunidade que vislumbrei ao ingressar na Escola do Futuro, visto que se trata, certamente, de um dos maiores programas de inclusão digital do Brasil, tendo muitos dados e informações que posso investigar no doutorado objetivando gerar conhecimento sobre a inclusão digital.